09 agosto 2014

Faltas-me





Falta-me...um abraço apertado. Aquele olhar apaixonado. O confiar sem motivos para desconfiar. Uma conversa aberta e demorada. O deixar entrar e tentar compreender. A sinceridade. O primeiro plano. Um beijo demorado. Fazes-me falta. Por mais que procure, vejo-te mas não te consigo encontrar...

04 janeiro 2014

Há séculos que não fazia isto...



Há muito que não escrevia um post, falta de tempo, trabalho a mais, ou talvez até mesmo por simples inércia. Mas a bem da verdade, 2013 foi um ano cheio de mudanças inesperadas e nada leve em termos pessoais ou profissonais. Num mundo em que tudo avança à velocidade da luz, por vezes perdemo-nos na esfera do faço mais tarde, e acabamos por deixar para trás este ou aquele plano que nos dá gozo em  prol de outros que se apresentam mais urgentes. 
2014 será adivinha-se idêntico, no entanto são necessários alguns ajustes e nada melhor do que retomar alguns hábitos que me equilibram a sanidade física e mental. Escrita, leitura, mais atividade física e once in a while alguma instrospeção. 
Por agora, vou só ali ao shopping trocar uma camisola que comprei para vestir na passagem de ano, e que tal como alguns dos desejos de 2013 ficou na gaveta ainda com etiqueta.

23 outubro 2012

Com medo na bagagem

Talvez seja medo, um medo trapalhão e sem fundamento, mas nem por isso menos válido. Ter medo anestesia-nos os sentidos e impede-nos de viver em plenitude? Creio que sim. Mas não será esse mesmo medo um bem necessário para nos tornar mais prudentes? Se por um lado o receio nos paralisa, por outro faz-nos ter algumas reflexões que sem esse sentimento não seriam consideradas no reino dos possíveis. A bem da verdade, todos trazemos bagagem, com medos, alegrias, expetativas, desilusões, e sonhos. O peso desta bagagem nem sempre é linear, pois oscila em consonância com as experiências vividas, o momento presente e o desejos futuros. À medida que o tempo passa e olhamos para dentro dos outros e de nós mesmos, esse peso diminui, e a bagagem de porão passa à singela qualidade de uma leve mala de mão, sem as adicionais e dispendiosas taxas de aeroporto. Até à travessia em que o medo papão se transforma num medo acolhedor, o melhor é reparti-lo pelas diversas malas, e ainda que incómodas mas precisas, carregar apenas uma de cada vez. 


05 setembro 2012

Je ne sais quoi



Complexo não é ter sentimentos, mas sim sentir o melhor do mundo pelo tipo certo de pessoa errada. Gostava de apagar esta sensação de je ne sais quoi que teima em não desvanecer. Ou em última instância, adormecê-la durante o tempo necessário para descobrir qual o seu destino final. Seria uma opção válida, prática e confortável. Ponto. Porque não tornar esta hipótese real no reino dos possíveis? Cause there's no such thing as fairy tales. Sad but true. 
In the meanwhile, ou baixa a temperatura ou peço férias por excesso de calor. 

22 maio 2012

Saudades tuas...

Porque ainda te sinto, ainda me custa não estares presente e não te abraçar, e as lágrimas caiem que nem loucas quando penso as saudades que tenho de ti, e que jamais terei a felicidade de te ver correr de felicidade quando regressava a casa.
Porque as palavras me faltam, só te posso homenagear com estas palavras de Manuel Alegre, que tal como eu, não perdeu um animal de estimação, mas sim um amigo, que vai entrando a pouco e pouco e que acaba naturalmente por fazer parte de nós:
"“Sei que andas por aí, oiço os teus passos em certas noites, quando me esqueço e fecho as portas começas a raspar devagarinho, às vezes rosnas, posso mesmo jurar que já te ouvi a uivar, cá em casa dizem que é o vento, eu sei que és tu, os cães também regressam, sei muito bem que andas por aí.” 

Oxalá tivesse uma lamparina de desejos...e pudesse sentir-te de novo. 

08 maio 2012

Cuca

E hoje deixaste de estar entre nós...hoje foi o último dia em que me deste um abraço matinal e um beijo lambuzado na ponta do nariz. Hoje já não me esperaste quando regressei a casa, não abanaste a cauda nem rodopiaste em minha volta pedindo mimos. Em vez dessa euforia que tanto te caracterizava, encontrei-te deitada, como se estivesses a dormir já sem qualquer sinal de vida...
Hoje já não foste a alegria daquela menina pequenina que te vinha conhecer, pois já não estavas cá, se ao menos ela tivesse chegado umas horas mais cedo.
Hoje é um dia triste, e triste será o amanhecer sem te ter por perto, sem as mil festas matinais e o bocejar que ecoava em toda a casa.
Amanhã, bem amanhã será um novo dia, mas certamente mais vazio e menos alegre, não apenas para mim, ou para os pais, mas também para os vizinhos que todos os dias te estragavam com mimos, e para os quase estranhos que pontualmente passam junto ao portão e te cumprimentavam com uma simpática festa.
Hoje fazes-me tanta falta e recordo com carinho o dia em que entraste na minha vida e eu desejei que durasses 100 anos. 
Hoje queria que o dia de hoje recuasse no tempo e parasse nem que fosse nesta manhã tão saborosamente igual a todas as outras em que estavas a meu lado à espera de um pedaço de pão embebido em café ou de uma fatia de fiambre.
Hoje só queria que não tivesses partido...apenas isso.

07 maio 2012

Instantâneos

Ora ai está uma daquelas coisas que não aprecio...instantâneos, lamento mas não me fascino com coisas a que basta apenas juntar água e já está! Gosto de coisas que reúnam alguma substância, tempo de amadurecimento para que fiquem com um paladar q.b., assim como um bom vinho tinto que faça com que as pupilas gustativas saltitem de alegria (e a seguir adormecem, mas tal como dizia a Teresa Guilherme, isso agora não interessa nada). Instantâneos? Tang?! Thanks but no thank's! Dêem-me antes uma exigente Touriga Nacional ou uma calorosa Trincadeira...

By the way...a temperatura vai subir nos próximos dias, e eu agradeço! Tempo para um branco de qualidade, ou de umas cervejolas bem frescas, porque sim, porque gosto, porque posso!