24 março 2012

E de repente...

E de repente quando pouco ou nada se espera...tudo acontece!
Depois de quase um ano com um karma matreiro, desemprego, entrevistas de emprego duvidosas, outras que valiam a pena mas em que não fui seleccionada, uma voltinha a Madrid, a descoberta de que tenho um lado comercial muito forte e que nunca o tinha visto em mim, amores e desamores, desalento e desconforto de segunda feira, desilusões profissionais e pessoais, e outras tantas peripécias que levam qualquer um à beira de um ataque de nervos, eis que...
A saída de alguém na empresa abre de novo aquela oferta de emprego que eu tanto desejei, e me fez chorar quando soube que tinham optado por outra pessoa. A única até à data que me fez sentir verdadeiramente triste por não ficar. Um telefonema, duas entrevistas e em menos de uma semana a vida muda! Felicidade é tudo o que tenho em mim agora, por ter conseguido não apenas um emprego, mas THE JOB! Aquele em que eu senti que pertencia e que é ali que devo estar e não em outra parte qualquer do mundo!  O que me faz ganhar um pouco menos do que queria, mas que me preenche no seu todo!
Ontem quando me confirmaram que o que eu tanto queria vai acontecer já na próxima semana, não foi um dia igual a tantos outros, foi o dia em que a minha vida começou a tomar um novo rumo, e também o dia em que pela primeira vez fui a um casting de locução e percebi que o meu tom de voz é não apenas adequado como perfeito para rádio (gostei especialmente da surpresa do produtor quando lhe disse que nunca tinha feito rádio).
Ontem foi também o dia em que tive uma vontade quase incontrolável de esganar um taxista, que me disse que a rua para onde eu queria ir era tão próxima que não valia a pena apanhar um táxi, e me fez andar a pé durante 40 minutos em Lisboa num final de tarde abafado e peganhento.
E principalmente ontem foi o dia em que tive a prática certeza de que as coisas nem sempre são tão fáceis ou rápidas quanto gostaríamos, mas se acreditarmos acontecem!! Don't stop believing!

12 março 2012

Segunda feira

As segundas feiras são cada vez mais difíceis...provavelmente por ser o início da semana de trabalho (o que de há quase um ano a esta parte, não consigo arranjar). É a taxa de desemprego a bater nos 15%, e uma das mais elevadas da Europa, é o processo repetitivo de envio de cv's, sem qualquer reposta (o que me leva a crer que a educação e as boas maneiras empresariais ficaram esquecidos numa gaveta algures entre a lei da oferta e da procura), é o tempo que passa sem dó nem piedade. É a falta de budget para tirar esta ou aquela formação que nos pode proporcionar know how e abrir portas em áreas diferentes. A bem da verdade  os cursos co financiados pelo IEFP, estão não apenas desatualizados, mas também ultrapassados, num panorama em que aproximadamente 40% dos desempregados são licenciados, como se justifica que o governo ainda insista nos cursos de carpintaria, serralharia, e afins? Já para não falar nos cursos de estética e de cabeleireira, que é mais uma porta para continuar sem emprego, ou será que não reparam que muitos centros de estética estão a fechar, porque o pequenito portugal está à beira de um ataque de nervos e sem cheta para se embonecar com devaneios e vaidades capilares? Certo é que vivemos momentos economicamente muito apertados o que resultou no estado de depressão deste país à beira mar plantado. Custa-me a discernir que quem realmente pode continue a agir como se deambulasse sob o efeito de antipsicóticos e esteja alheio à tristeza e miséria em que vive a maioria das pessoas...Mas isso sou eu, e talvez este seja só um desabafo de uma segunda feira mal humorada. 

08 março 2012

Ser mulher

Ser mulher é:

Fazer shopping therapy.
Entrar em êxtase com Louboutin, Manolo Blahnik, Chanel, Prada, Miu Miu, Carolina Herrera, Dolce & Gabbanna, and so on, e no entanto usar uns quaisquer trapos outlet como se fossem a última criação de alta costura.
Sofrer de dor de cabeça cada vez que uma malha nos collants teima em aparecer sem ser convidada.
Ter um closet cheio até mais não, e mesmo assim inventar que não tem nada para vestir.
Sofrer de TPM.
Lutar toda uma vida contra a inimiga celulite, mesmo sabendo que ela não desaparece.
Despachar-se com descabida antecedência só para colocar os enunciáveis cremes de rosto, corpo, e make up antes de sair de casa.
Falar tanto até perder a noção do tempo, e causar sonolência ao sexo oposto.
Dizer e demonstrar o que nos vai na alma sem nos sentirmos culpadas, indefesas ou menos mulheres por isso.
Pensar com a razão e agir com o coração.
Ser sensível ao mundo, às alegrias e tristezas dos outros.
Chorar como se não houvesse amanhã, e expressar ternura com as mais pequenas coisas que não são coisas.
Ter o privilégio de sentir no seu todo, o nascer de uma criança.
Cuidar dos outros como se cuidássemos de nós.
Perdoar traições, esquecer desilusões, e em cada nascer do sol ver um novo começo.
Sofrer de uma tristeza profunda, e ainda assim sorrir com confiança a cada passo.
Ser mulher é tudo isto e muito mais...de high heels, casual or sport shoes, flats, ou até de pé nu. 



06 março 2012

Right or wrong





How can a right decision feel so wrong?
Only time will tell...
In the meanwhile esta busca infrutífera de emprego deixa-me atordoada.