30 junho 2008

Sonolências

Há dias em que uma melancolia avassaladora nos enche a alma e nos transforma em cépticos adormecidos e somos enleados numa irritante rede de sentimentos nostálgicos. Saudades do passado, alguma tristeza do presente e o desejo de um futuro risonho e possivelmente utópico. São momentos como este que nos levam bem dentro daquilo que somos, ou que pensamos ser. São sonolências como estas que nos obrigam a partir numa alucinante viagem dentro de nós, descobrindo trilhos nunca dantes percorridos, atalhos recônditos, que apenas a mais ousada introspecção ousaria explorar.
São em dormências como estas que desvendamos pequenos segredos por vezes forçosamente anestesiados.
Instantes imprevistos? Sem dúvida! São como a chuva…por mais que tentemos prevê-la, nunca temos o guarda-chuva quando começa a chuviscar.
Conjunturas desconfortavelmente necessárias? Seguramente! São igualmente como a chuva, por vezes aborrecida, peganhenta e irritante, mas imprescindível.
E de acordo com a sabedoria dos avós e gerações anteriores a estes…depois da tempestade, vem a bonança! E ainda que eu não siga à regra, a sabedoria popular há coisas sobre as quais não ouso duvidar!

1 comentário:

Tânia Pato disse...

Não duvides miguita, pois há muita coisa certa nessa sabedoria.
E olha para o futuro com alegria, pois ele sorri para ti :)