22 março 2011

Zangada!

Hoje estou zangada! Juro que estou!

Pior do que integrar a geração à rasca, que isso a todos toca e desenganem-se os que pensam que só acontece aos outros, obtive a tão esperada cereja em cima do bolo, aquela que vem com a quantia paga pela cessação de um contrato de trabalho. Que no meu caso foi (à semelhança de alguns outros) inexistente, é tão ridículo que chega a roçar o insólito. Ora vejamos…após três anos de labuta, recebes nicles batatóides, ficas quieta e sossegadinha e vais para casa aguardar o subsídio de desemprego que um dia destes há-de chegar. WTF???!! Então e…a compensação pelos anos de trabalho? Os tais dois dias por mês? Já ouviram falar, suponho, é que até eu que sou uma leiga na matéria, sei que essa lengalenga está escarrapachada no código de trabalho. Ah já sei…é o tal estatuto especial da função pública. Aquele que é tão especial que quando terminas um contrato não recebes puto! Como é bom ser especial, é meio caminho andado para não ter emprego nem dinheiro para formação, ou outras actividades análogas. Cada vez me convenço mais de que a palavra especial em português é sinónimo de uma qualquer deficiência. Para a próxima revogo o meu estatuto de special one, e ficarei contente por ser apenas banal. Imagino-me neste momento lado a lado com Pedro Álvares Cabral, só que ao invés de navegar rumo ao Brasil, navegarei rumo à descoberta dos motivos para tão clara violação dos direitos de quem trabalha. Até lá… e porque gosto mesmo desta expressão, “é sorrir e acenar”.

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